Continuação..

Era mais de seis da manhã quando conseguimos uma vaga para estacionar. Quando estacionamos, vi pessoas correndo feito animais para conseguir lugar na fila. Parecia um zoológico. Antes de sair do carro eu pensei: - Meu Deus, o que eu to fazendo aqui? Mas já era tarde, não tinha como desistir. E é claro, a Bia não deixaria.

Descemos do carro e fomos andando até a o fim da fila. Bia, agarrada na mão da mamãe estava puxando ela pra andar mais depressa, enquanto pessoas passavam correndo por nós, nos empurrando e nos jogando pra lado feito bonecas.

Mãe: Meu Deus, que selvageria!

Eu: Bem-Vinda ao mundo animal, mãe.

Chegamos ao fim da fila e ficamos lá durante mais ou menos três horas. Era nove e meia quando decidi que já era hora de falar sobre o encontro inesperado com o papai.

Havia uma lanchonete ali bem próxima, mas tinha fila. Sabia que ia demorar um pouco e eu estava morta de fome, então aproveitei o momento pra ficar a sós com a mamãe e ter uma conversa séria como duas adultas.

Eu: Bia, por que você não vai pegar algo pra nós comermos, ali naquela lanchonete.

Mamãe, já sabendo o que eu realmente queria, tentou se esquivar.

Mãe: Querida, ela tem só 10 anos. Não vou deixa-la sozinha nesse lugar.

Bia: Tudo bem mãe, não sou mais criança.

Eu: Ótimo! Escolhe alguma coisa bem gostosa pra nós.           –Entreguei o dinheiro a ela e ela saiu correndo.

Bia: Tudo bem.    – Ela gritou.

Quando me virei para a mamãe, ela me olhou já sabendo o que eu queria dizer.

Eu: Mãe.. quer conversar sobre o papai?

Mãe: Não, tudo bem!              -Ela se virou.

Peguei no braço dela e disse:

Eu: Tudo bem falar sobre isso comigo. Não sou mais criança!

Mãe: Seu pai é quem vai falar com você sobre isso. Ele precisa contar algo pra você e pra sua irmã. Ele pediu pra eu não dizer nada, e é isso que eu vou fazer.

Eu: Mãe, por favor. Fala comigo! Você ainda não me disse o motivo de você e o papai estarem se divorciando. Eu mereço saber.

Mãe: Tem certeza? Quer saber mesmo o motivo da nossa separação?

Eu: É claro!

Uma lágrima de tristeza escorreu do olho da mamãe enquanto ela dizia:

Mãe: Traição, Soph! Traição!

Fiquei sem entender nada, então disse:

Eu: O quê??                    -Sussurrei:   - Você traiu o papai?

Mãe: É claro que não querida. Sempre fui fiel a seu pai. Foi ele quem me traiu. Ele me traiu há 16 anos, Soph. E o fruto dessa traição trouxe a ele outra filha. Que eu saiba, ele e a mãe da menina vão se casar depois que nós nos separarmos.

E então eu lembrei que tinha visto meu pai com uma menina há algumas horas antes, não tinha ligado os pontos e com certeza não tinha prestado atenção naquele terrível “detalhe”.

Era muita coisa pra processar em pouco tempo. A mamãe começou a chorar e então lágrimas foram escorrendo dos meus olhos.

Eu: Eu.. Eu não acredito que ele foi tão baixo! Meu Deus. Como ele pôde fazer isso com a gente?

Eu e a mamãe nos abraçamos e choramos juntas. Eu soluçava enquanto dizia:  -Eu o odeio, mamãe! Eu o odeio!

Quando de repente, ouço atrás de mim uma voz.

--: Filha?

Eu me viro e é ele, meu pai. Ele estava sozinho. Provavelmente a garota estava mais atrás na fila.

Eu já estava vermelha de tanto chorar. Olhei fixamente pra ele, com raiva.  Enquanto a mamãe limpava as lágrimas.

Ele se aproximou de mim e tentou me dar um abraço enquanto dizia:

Pai: Querida, que saudade! Você esta linda.

Eu me afastei e ele disse:

Pai: O quê houve?        -Assustado.

Eu: Como pode ser tão baixo a esse ponto?

Pai: O quê? Não estou entendendo.          –Ele olhou para a mamãe, e ela disse:

Mãe: Eu contei a ela Carlos. Eu contei a ela tudo.

Papai me olhou e disse:

Pai: Querida, por favor. Me deixe explicar.

Eu: Não tem nada pra explicar.. Sabe que você destruiu nossa família, não sabe?

Enquanto isso, Bia já voltava. Ela viu o papai e foi correndo gritando ele. Eu, pra não assustar a Bia tentei esconder a cara de choro, mas ela percebeu. Ela se aproximou, desmanchando o sorriso na cara enquanto perguntava o que tinha acontecido. Então eu disse olhando fixamente pro papai, enquanto pegava o suco de laranja da mão dela:

Eu: Nada pequena. Nada aconteceu!               -E então eu dei as costas e sai andando.

A mamãe desesperada gritou:  -Onde você vai?

Me virei de disse: -Eu vou andar por ai. Volto mais tarde!                  - Deu uma última olhada com cara de nojo pro papai enquanto ele abraçava Bia e voltei a andar. Eu estava desesperada. Não sabia o que iria fazer. Como iria contar pra Bia que o nosso “herói”, na verdade era só mais um vilão? Eu chorava de raiva enquanto contornava o grande prédio pra tentar sair daquele lugar cheio de animais. Onde eu estava indo, já não tinha muita gente. Estava praticamente vazio, então pude chorar a vontade.

Eu estava passando na calçada quando de repente uma porta se abre bem do meu lado direito. A porta se abriu com tanta força que me derrubou no chão, quebrando o salto de um sapato meu e derramando todo o suco de laranja por cima da minha roupa.

Enquanto eu secava o suco da minha cara, um garoto saiu desesperado de dentro do lugar. Ele vestia uma calça jeans e um moletom preto. Estava com o capuz e uns óculos escuros. Ele me estendeu a mão pra eu levantar enquanto me pedia mil desculpas.

Eu: Tudo bem, sem problemas.

---: Meu Deus me desculpa mesmo. Eu não vi você. Tem certeza de que você ta bem?           -Ele me olhou de cima a baixo notando o estrago que ele tinha causado.

Eu, completamente desconfortável com o sapato, peguei e tirei-os, ficando descalço.

Eu: Eu to bem, obrigada.

---: Não você não ta. Precisa de alguma coisa? Eu posso te comprar uma roupa e sapato novo se quiser.

Eu: Não! Olha.. eu já disse que ta tudo bem. Não precisa mais se desculpar. Ok?             -Peguei o copo do chão e fui saindo. Quando ele diz tirando os óculos:

---: Pelo menos deixa eu te dar carona até sua casa.                           –Eu me viro pra dizer que não precisa e do de cara com dois maravilhosos olhos azuis. Fiquei completamente sem fala, hipnotizada com aquelas duas piscinas diante de mim. Parecia que o conhecia de algum lugar, mas não sabia de onde. Depois de alguns segundos consegui dizer.

Eu: Não precisa.                –Me virei e sai andando. Ele correu até mim pegando no meu braço e disse:

---: Olha, começamos com o pé esquerdo. Vamos começar de novo.                      –Ele arrancou então, o meu primeiro sorriso sincero do dia. Ele parou na minha frente estendendo a mão para um cumprimento e disse:

---: Oi. Eu sou Logan. É um prazer te conhecer! E você é a..?

Fiquei paralisada. Como assim o nome dele é Logan? Tipo, Logan Lerman? Depois de uns instantes estendi a mão para o cumprimento e disse:

Eu: Logan?                   -Ele, querendo animar mais as coisas disse:

Logan: Perai, esse é meu nome não o seu.                 – E ele deu um sorriso maravilhosamente lindo. Foi ai que tive a certeza de quem ele realmente era.  É gente, eu estava diante do incrivelmente gato Logan Wade Lerman.

Heey gente. To de volta! Desculpem a demora pra postar, mas o carregador do meu not tinha estragado. Enfim, estou de volta pra postar mais e mais pra vocês.. Continuem acompanhando e.. amo vocês Lermaniacs <3